segunda-feira, 19 de março de 2012





Por quê nos decepcionamos?

Talvez por que sempre esperamos demais... de nós mesmos, do outro, da vida...

O segredo, penso eu, deve estar em viver sem esperar muita coisa: fazermos o que nos compete, realizarmos bem aquilo que é nosso dever, e não esperar retorno... fazer bem feito pelo simples prazer de cumprir a nossa parte, de agirmos bem, de tratarmos o outro da maneira como desejamos ser tratados... mas sem qualquer expectativa.

"Cada um dá o que tem", diz o ditado popular... sabedoria que emana da boca do povo!

Se eu dou daquilo que tenho e se tenho educação, amor, ética, vou interagir com as pessoas utilizando-me desses valores, não importa que não haja reciprocidade. Não me tornarei grossa por que o outro é grosso, não mentirei por que o outro mente... e por aí vai... enganam-se os que pensam que o comportamento do outro é que deve determinar o nosso... não estamos mais no tempo do "dente por dente, olho por olho".


A educação, a cultura, os valores que cada um traz consigo é que nos difere, não devemos nos "nivelar"... se for preciso, vamos nadar contra a maré, caminhar na contramão!
E por mais que o outro nos decepcione não vamos deixar de ter fé na vida, fé no homem, nos valores que sobrevivem apesar de tanta vulgaridade e falta de ética...
Há que se acreditar que o bem é vitorioso sempre - ainda que haja a falsa aparência de que o mal triunfa...
Ao longo da vida vamos "colecionando" decepções... o amigo que não foi tão leal quanto imaginávamos, o curso que não nos atendeu as expectativas... o chefe que não sabe liderar, o parente difícil que não nos compreende, o cônjuge que não é companheiro, o filho que não é estudioso... mas se fizermos uma análise apurada vamos perceber que todas elas foram geradas por nós! Pela nossa grande expectativa em relação às pessoas, aos acontecimentos, e até mesmo em relação a nós próprios...
Temos que aprender a lidar com nossas decepções,  sobretudo avaliando a nossa responsabilidade sobre elas...
Quando eu me decepciono, estou diante de algo que criei, por que não soube enxergar a realidade, por que fantasiei os acontecimentos, por que esperava demais...
O ideal é viver a cada dia doando o melhor de nós... por que a vida nos devolve sempre aquilo que ofertamos.
Que a nossa decepção, quando houver, seja somente conosco: por não conseguirmos vencer a nós mesmos, por que  não nos esforçamos o suficiente para atingir nossas metas... mas ainda assim, cabe-nos erguer a cabeça e prosseguir tentando, afinal de contas, somos meros aprendizes e, por que somos espíritos, somos imortais... 
Não nos falta tempo para recomeçar!

2 comentários:

  1. E como não criar expectativas sobre um acontecimento que está por vir? Eu me esforço tentando não criar, mas é inevitável e o pior é a certeza da decepção vindoura (e próxima!). Pesquisei na internet sobre a diferença existente entre "Expectativa" e "Esperança". Na teoria, entendi um pouco, mas a prática continua deturpada...

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    1. Sim, querida... é muito difícil mesmo!
      É um exercício que temos que fazer: não criar expectativas,
      assim o que vier é lucro!
      Beijos.

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