domingo, 30 de março de 2014

Outono... doce tempo de espera!

                                     

Amo a estação do outono!
Acho lindo ver as árvores com suas folhas multicoloridas, que aos poucos se soltam e viram um tapete no chão...
É maravilhoso observar esse ciclo... o cair das folhas, a maneira singela como se soltam das hastes... e são carregadas pelo vento, sem oferecerem qualquer resistência!
Em minha casa há uma amendoeira e é simplesmente lindo vê-la com suas folhas vermelhas... depois vê-la com seus galhos nus, sem folha alguma, para mais tarde assistir os brotinhos nascendo... o reverdecer que se impõe, que chega sem pedir licença para cumprir a sina da vida! Logo depois vem os frutos e o ciclo se renova!
O outono surge também como um refrigério após o verão - dias lindos, temperatura amena, noites frescas e belas...
E esta estação que me é tão querida me faz pensar nos "outonos" da vida, nas fases em que sofremos perdas - algumas tão necessárias! - para logo depois compreendermos melhor a dinâmica da vida, quando somos surpreendidos pelas novas folhas que surgem com força, com garra e beleza!
Também me lembra aquelas fases em que temos um refrigério... após as lutas intensas, após as dores acerbas... quando surge aquele tempo de renovação das forças, das energias, das alegrias enfim!
A dinâmica da vida é perfeita.
E se olharmos com atenção a natureza veremos o quanto fazemos parte dela... o quanto estamos "interligados", conectados com o TODO!
E esses ciclos que observamos na natureza podemos vê-los também em nossas vidas... e o outono para mim é um tempo de uma doce espera!
Espera ativa, que não se confunde com passividade... mas com a certeza de que o melhor virá... de que as "folhas novas" estão a caminho! Novos projetos, novos amores, novos objetivos na vida... RECOMEÇOS!
A vida é feita deles. Há sempre ciclos que se fecham enquanto outros iniciam.
É assim a natureza. É assim a nossa vida.
Quero aprender com a amendoeira do meu jardim... a soltar as folhas... deixá-las ir ao sabor do vento... sem sofrimento, sem apego, com confiança de que a vida prosseguirá sempre - vitoriosa, forte e bela!
E isso serve não só para a morte - a grande partida - mas também  para os amores, para os amigos que de alguma forma, por alguma razão tiveram que se distanciar... para os filhos que um dia abandonam o "ninho"... para as posições que ocupamos, as tarefas que cumprimos e que, terminadas, já não necessitam mais de nós - por que estamos no mundo a serviço, ainda que não saibamos disso. E terminada uma tarefa somos chamados a outra... e mais outra... Estamos a serviço de uma engrenagem maior, comandada por um Arquiteto Supremo que a todos nos convida a participar, a sermos co-criadores, a sermos também artífices de nossa própria jornada...
E que venha o outono! 
Com sua enorme sabedoria... com seu chão colorido por folhas de diversos matizes... com seus dias lindos... mas sobretudo com a certeza das novas folhas que estão por vir!






sábado, 8 de março de 2014

Ah... mulheres!

                                                       

De onde terá surgido essa história de que a mulher é o "sexo frágil"? 
A mulher pode ser tudo, pode ser o que quiser... até mesmo aparentar fragilidade quando quiser...rs
Mas de fato o que nós NÃO SOMOS é um ser "frágil"... e não se confunda fragilidade com delicadeza, com pouca força física, com sensibilidade - por que isso nós temos de sobra!
Somos co-criadoras com o Pai, assim como os homens também o são, entretanto, Deus em sua infinita sabedoria, concedeu à mulher (e não ao homem...) o privilégio de gerar, de parir, de amar de forma transbordante e transcendente...
Mulheres são guerreiras, são pessoas fortes, que vão à luta para criar seus filhos, para manter a família, para conquistar o mercado de trabalho apesar da "dupla jornada"... e ainda por cima são seres que sangram todo mês, que suportam as alterações hormonais, as mudanças em seu próprio corpo para gerar nova vida, para alimentar essa nova vida - mulheres amamentam, cuidam, ensinam, educam, não dormem, se estressam, amam, gritam, choram, caem e se levantam com tamanha graça que muita gente nem percebe... rs
E sem querer desmerecer os homens, a grande maioria delas são as principais responsáveis pela educação e formação moral dos filhos... talvez por que culturalmente esses papéis tenham sido definidos assim, o que vem mudando ultimamente, ainda bem!
As mulheres despontam como a grande força do mercado de trabalho - em muitos segmentos, públicos e privados, elas já são maioria! E já encontramos mulheres em trabalhos que até há pouco tempo eram tidos como tipicamente masculinos!
E além de todo esforço, da longa jornada de trabalho, da estressante tarefa de administrar uma casa e uma família, temos muitas vezes que lutar contra o preconceito que ainda existe... frases do tipo "mulher ao volante, perigo constante", "isso é coisa de mulherzinha" etc, mostram que ainda há quem não enxergue que mulheres e homens tem a mesma importância, tem direitos iguais e mesma força produtiva...
Agradeço a Deus a chance de ter nascido mulher - a Doutrina Espírita nos ensina que os espíritos não tem sexo, ora animam um corpo feminino, ora um corpo masculino, no constante aprendizado em busca da evolução; e nesse caminho sem fim da alma que é aprendiz eu bendigo a oportunidade de ser mulher, de ter podido vivenciar a maravilhosa experiência de gerar, de criar e educar filhos, de amar sem medidas, pela chance de viver nesse "universo feminino", onde cabe de tudo: livros e batons, acessórios e receitas... espartilhos e mamadeiras, perfumes e panelas... rs
E parafraseando Vinícius, numa frase  bem conhecida que me permito discordar do grande poeta:

 "Que me perdoem os homens mas as mulheres são fundamentais!"