domingo, 18 de novembro de 2012

Desculpem o transtorno... estou em obras!



                                                        
Desculpem-me, mas estou em reconstrução. Algumas coisas em mim ruíram, outras estão prestes a desabar ... por isso não tenho sorrido muito, por isso estou tão cansada, por isso tenho ficado mais tempo comigo.  Tenho algumas coisas a reformar, outras tantas a  demolir e algumas a construir... sobretudo tenho muitas faxinas a fazer!
É um processo demorado, doído... requer humildade (eta  virtudezinha difícil de cultivar!), requer coragem, determinação, planejamento, reflexão...
Somos seres imortais, em permanente crescimento. O processo de aprendizagem, para quem já se descobriu falível e imperfeito não termina nunca... para aqueles que ainda não perceberam isto, que ainda não se conscientizaram da sua condição de ser “em construção”, pode demorar ainda mais!
Nesse processo tenho que me olhar... num espelho bem grande e cristalino, um espelho que não distorça a imagem, que não me faça parecer mais gorda, nem mais magra, mais velha nem mais nova... que me dê a exata noção de como estou. Muitos fogem disto... por que não querem ver a realidade, não querem perceberem-se falíveis. O que vemos neste espelho não há plástica que resolva!
O ser humano é um projeto maravilhoso de Deus... mas penso que o Grande Arquiteto nos cria, coloca em nosso interior o “projeto final” – perfeito, limpo, acabado, belo – mas a obra fica por nossa conta!  E o tempo que levará também... por que não podemos contratar ninguém, não podemos esperar que outros  façam por nós...
Percebo hoje com maior clareza o quanto é necessário, de tempos em tempos, fecharmos “para balanço”, para avaliarmos a necessidade de reformularmos pontos de vista, mudarmos de opinião... por que não?  É infantil permanecer na idéia que transmite o ditado popular “pau que nasce torto, morre torto”... por que mudar dá trabalho mas é preciso, aliás eu diria que é vital para o nosso bem estar!
Não somos “obras inacabadas”, somos “seres em construção”!
E é nessa condição que busco melhorar, superar medos, adquirir conhecimentos, realizar novas tentativas, exercitar o perdão a cada dia, elastecer a compreensão do outro e de mim mesma.
Perdoem a “poeira”, a falta de tempo, de sorrisos, a ausência, a necessidade de ficar só... estou em reconstrução!  Mas daqui a pouco convidarei a todos para a reinauguração... mais uma entre tantas!

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